Cecília, a bailarina que não gostava de sol
1957. Katia, a menina, com nove anos. Edith, a avó da menina, tendo passado dos sessenta. E quem se importava com essa diferença de idade? As duas liam juntas todos os dias. As duas também conversavam todos os dias. – Vó, eu queria ser bailarina!, disse Katia, naquela tarde de
As mães de Portinari e de Cecília
Cândido Portinari (1903-1962) e Cecília Meireles (1901-1964) foram impressionantemente contemporâneos. Pintor e poeta atravessaram os mesmos tempos, respiraram o mesmo ar da pintura e literatura modernistas, sofreram as mesmas dores no parto de suas obras. Em algumas delas, a personagem “mãe” se fez representar. “Vigília das Mães”, de Cecília Meireles
Pablos e Ediths
Em muitos de meus posts, gosto de colocar lado a lado pintura e poesia. Cores, formas e palavras. As cores ganham significado e as palavras ganham forma. Neste post, vou além. Escolhi dois nomes. Pablo e Edith. Um Pablo da pintura e outro da poesia. Uma Edith da pintura e
Macieiras em flor
Aqui em Nova Friburgo, as cerejeiras começam a florir. É um espetáculo único e efêmero, para os que gostam do inverno e das montanhas. E aí, eu me lembro de outras flores, depositadas no eterno por artistas e poetas: as flores das macieiras! “Solau à moda antiga”, de Mário Quintana Senhora,
As mães de Mary Cassatt descansando nos versos de Drummond, Vinicius e Quintana
Mary Cassatt (1844-1926) foi uma pintora nascida na Pensilvânia, Estados Unidos. Considerada uma grande pintora impressionista, Mary passou boa parte da vida adulta na França, tendo sido grande amiga de Edgar Degas . Seus trabalhos costumam ser sobre o cotidiano de mulheres, com ênfase nos momentos íntimos de mães e
Ave, índio!
O 19 de abril é o Dia do Índio. Desde 1943, três anos após os índios terem decidido participar do I Congresso Indigenista, no México. Neste dia, hoje, homenageio o índio representado por alguns artistas e um poeta. Debret, Victor Meirelles, Antonio Parreiras, Rodolfo Amoedo, Tarsila do Amaral, Carybé e
As asas de Lalique e de Victor Hugo
Resolvi escrever sobre René Jules Lalique (1860-1945), mestre vidreiro e joalheiro francês. Lalique criou jóias, frascos de perfume, copos, taças, candelabros, relógios, entre outros objetos, dentro do estilo modernista, sobretudo Art nouveau e Art déco. Entre centenas de obras deslumbrantes, me deparei com as borboletas e as libélulas, jóias de sublime beleza,
Mosaicos e releituras
Mosaico é possivelmente uma palavra de origem grega. Trata-se de um aglomerado de pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais como vidro, azulejo, cerâmica, plástico, areia, papel ou conchas, formando determinado desenho. Para aderir a uma superfície, usa-se cola ou argamassa e, após a colagem das peças, aplica-se