Há exatos cem anos, nascia o friburguense Clovis Bornay. Tendo sido museólogo e carnavalesco, Bornay trouxe a Arte para o carnaval, através de dezenas de fantasias.
Na sua juventude, durante a década de 1920, descobriu no carnaval sua grande paixão. Começou a carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias de luxo, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada “Príncipe Hindu” e obteve o primeiro lugar.
Era um grande nome desses desfiles e, com o passar dos anos, chegou a “hors concours” (concorrente de honra), ficando fora da competição em razão da beleza de suas criações, que sempre conquistavam os títulos, impedindo outros participantes de chegarem perto da vitória.
No carnaval de rua, Clovis Bornay foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro em 1966, Portela em 1969 e 1970 e da Mocidade em 1972 e 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo “Lendas e mistérios da Amazônia”. Foi jurado de figuras importantes na TV, como Chacrinha e Silvio Santos.
Após 77 anos dedicados ao Carnaval, Bornay morreu em 2005, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Em 2011, foi realizada no Centro de Referência da Música Carioca, na Tijuca/RJ, a exposição “Abram Alas para Clovis Bornay“, uma belíssima homenagem póstuma a este que muito mais do que um carnavalesco, foi um artista do Carnaval.
A cidade de Nova Friburgo continua esperando um museu, um memorial que seja, homenageando Clovis Bornay, um de seus filhos mais ilustres e, certamente, o que mais realizou para tornar o Carnaval a festa mais exuberante do planeta!
Autor: Catherine Beltrão
Comments(2)
Eduardo Vieira says:
27 de janeiro de 2016 at 17:17Enquanto Friburgo espera…
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2016/noticia/2016/01/clovis-bornay-e-tema-de-exposicao-no-museu-da-republica-no-rio.html
Dois anos de blog: a estrada continua sendo pavimentada de Arte e Ciência | ArtenaRede says:
5 de fevereiro de 2016 at 21:34[…] o que mais realizou para tornar o Carnaval a festa mais exuberante do planeta!” Post “Clovis Bornay, a Arte no Carnaval“, publicado em […]