Deuses e titãs em engrenagens metálicas

Um dia iluminado é quando se descobre um artista. Recentemente descobri um. Patrick Alò.

Nascido em Roma, é um legítimo representante da subcultura punk, em que os artistas produzem suas obras com materiais garimpados em fábricas abandonadas e barracões. Patrick, com um admirável processo imaginativo, cria suas obras a partir de peças e engrenagens metálicas.

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“Homo faber”, de Patrick Alò

Seu tema recorrente é a mitologia greco-romana.

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“Mercurio”, de Patrick Alò

Mercúrio, pertencente à mitologia romana, é associado ao deus grego Hermes, um mensageiro e deus da venda, lucro e comércio, o filho de Maia, também conhecida como Ops, a versão romana de Reia, e Júpiter. É o deus da eloquência, do comércio e dos viajantes, a personificação da inteligência. Como seu correspondente grego, também é muito rápido, é o mensageiro.

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“Pan e a flauta”, de Patrick Alò

Pan é o deus das florestas. Na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É amante da música e traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que são atribuídos a Pã; daí o termo “pânico”. Será?

Prometeu não é um deus, é um titã. Os titãs enfrentaram Zeus e os demais deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e o dar aos mortais. Zeus puniu Prometeu por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado,  que se regenerava no dia seguinte.

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“Prometeu”, de Patrick Alò

Segundo a mitologia romana, Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos, um dos quais, Rômulo, foi o fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Conta a lenda que Rômulo e Remo eram filhos do deus grego Ares, ou Marte, seu nome latino, e da mortal Reia Sílvia, filha de Numitor.

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“A Loba”, de Patrick Alò

Amúlio, irmão do rei Numitor, deu um golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez de Numitor seu prisioneiro. Reia Sílvia foi confinada à castidade, para que Numitor não viesse a ter descendência. Entretanto, Marte desposou Reia que deu a luz aos gêmeos Rômulo e Remo. Amúlio, rei tirano, ao saber do nascimento das crianças as jogou no rio Tibre. A correnteza os arremessou à margem do rio e foram encontrados por uma loba, que teria os amamentado e cuidado deles.

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“Esfinge”, de Patrick Alò

A esfinge é, tradicionalmente, uma criatura mítica com o corpo de leão e a cabeça de um humano, um falcão, ou um gato. Segundo a mitologia grega, ela tem pernas de leão, asas de um pássaro grande e o rosto de uma mulher. São criaturas mistificadas como traiçoeiras e impiedosas. Aqueles que não podem responder seu enigma, sofrem um destino bem típico dos contos e histórias mitológicas, sendo mortos e totalmente devorados por esses monstros vorazes.

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“Limníade”, de Patrick Alò

As limníades – palavra que deriva de “iluminado” – eram as ninfas das flores, vivendo nos campos floridos e pradarias. Seriam pequenas esferas de luz, sem corpo ou representação física. Pertencem ao grupo de Quimeras ou Fogos Fátuos.

Como todas as ninfas, estavam na categoria de semideuses, o que significa que eram mortais, embora dotadas de longa existência.

Autor: Catherine Beltrão

 

 

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