O ouro de Klimt

Klimt

Gustav Klimt

Gustav Klimt (1862 – 1918) foi um pintor simbolista austríaco. Além do Simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que ía de encontro à tradição acadêmica nas artes. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena.

De 1905 a 1909, ocorreu a sua célebre “Fase dourada“, com a criação de obras que viraram ícones da arte mundial.

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“As três idades da Mulher”, de Gustav Klimt. 1905, ost, 180 x 180 cm Localização: Galleria Nazionale d’Arte Moderna, Roma, Itália

Na composição “As Três Idades da Mulher“, a temática sobre o ciclo da vida é mostrada diretamente. Para muitos estudiosos de arte, o artista inspirou-se no quadro “As Três Idades da Mulher e a Morte”, obra do pintor renascentista alemão Hans Baldung Grie.

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“Retrato de Adele Bloch-Bauer I”,de Gustav Klimt. 1907, ost, 138 X 138cm

O “Retrato de Adele Bloch-Bauer I” tem uma história tão interessante que foi contada no filme “A Dama Dourada” (“Woman in Gold“).  A obra foi vendida em junho de 2006, a Ronald Lauder, proprietário da Neue Galerie em Nova Iorque, por 135 milhões de dólares, tendo sido, na época, a segunda pintura mais cara do mundo. Para saber mais sobre esta obra, clique aqui.

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“O beijo”, de Gustav Klimt.1907-1908, ost, 180 X 180cm

O Beijo” talvez seja a obra mais icônica de Gustav Klimt. Especialistas explicam que a tela, fazendo parte da fase dourada do artista, tem, de fato, uma estética cintilante e elementos de ouro em sua composição, além de detalhes que simulam ametistas, safiras, rubis, opalas e esmeraldas. “O Beijo” retrata sensualidade e erotismo: um homem e uma mulher abraçados sobre um tapete de flores. As roupas do casal foram pintadas como se fossem mosaicos e se distinguem uma da outra, apesar de estarem muitos próximas, dando a sensação de que ao se abraçarem, os dois se tornam um só.

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“O beijo”, de Klimt, replicado pelo artista Tamman Azzam em uma parede de um edifício bombardeado em Damasco, na Síria

Em 2013, o artista Tamman Azzam replicou a obra em uma parede de um edifício bombardeado em Damasco, na Síria, como uma forma de protesto contra a guerra. Para saber mais, clique aqui.

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“Danae”, de Gustav Klimt.1908, ost, 77 X 83cm

O tema da pintura “Danaë” esteve muito em voga no início da década de 1900 entre muitos artistas; a personagem foi utilizada como um símbolo de perfeição do amor divino, e transcendência. Durante a sua prisão pelo seu pai, Rei de Argos, numa torre de bronze, Danaë recebeu a visita de Zeus, aqui simbolizado pela chuva dourada entre as suas pernas. No trabalho, ela está enrolada com um véu púrpura o qual faz referência à sua linhagem imperial. Algum tempo depois da sua visita celestial, deu à luz um filho, Perseu, que é citado na mitologia grega como tendo morto Medusa e salvo Andrômeda.

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“A Árvore da Vida”, de Gustav Klimt. 1909, ost,102 X 195cm

A obra “A Árvore da Vida” apresenta um estilo art nouveau. Os mosaicos foram criados no último período do artista, e mostram Árvores da Vida com os ramos enrolados, uma figura feminina de pé, e um casal abraçado.

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“Morte e Vida”, de Gustav Klimt. 1908-1916, ost,198 X 178cm

Em “Morte e Vida“, Klimt apresenta a temática da morte, que seria pessimista, mas, também introduz uma nota de esperança e reconciliação; em vez de se sentir ameaçado pela figura da morte, os seres humanos à direita dela parecem desprezá-la. A imaginação do artista já não se concentra na união física, mas sim na expectativa que a precede. Talvez esta recém-descoberta serenidade tenha origem na própria consciência de envelhecimento de Klimt e proximidade dele com a morte. Mas antes que chegasse esse momento, ele escolheu representar apenas momentos de intenso prazer ou beleza e juventude milagrosas.

Gustav Klimt foi único. Sua obra, já internacionalmente reconhecida e admirada, ainda tem um longo caminho a percorrer, até chegar ao conhecimento dos que ainda não sabem de sua existência. É dele a frase:

Qualquer um que desejar saber algo sobre mim deve olhar atentamente para as minhas pinturas e procurar reconhecer nelas o que eu sou e o que eu quero”.

Autor: Catherine Beltrão

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