O Museu Hermitage, em São Petersburgo, foi fundado em 1764, para ser a residência dos czares. Abriga um imenso complexo de dez prédios, localizado às margens do rio Neva, no Mar Báltico, tendo como construção principal o impressionante Palácio de Inverno.
Em 1852, o palácio foi transformado em Museu. Iniciou com uma coleção de pinturas holandesas e flamengas da Imperatriz Catarina, a Grande, até o acervo ser ampliado ao longo de mais de dois séculos para, atualmente, ter mais de três milhões de itens, praticamente de todas as épocas e continentes.
Entre múmias egípcias a pinturas impressionistas, passando por obras de Michelagelo e Leonardo da Vinci, o local em si, de uma forma única, deixa qualquer um estarrecido com seu luxo e preciosismo. A escadaria principal é considerada como uma das atrações principais do Hermitage: colunas de granito, esculturas clássicas, balaustradas de mármore, ouro, muito ouro.
Para muitos, no entanto, a atração principal vem a ser o Relógio do Pavão (Peacock Clock), único no mundo.
O relógio foi feito pelo famoso joalheiro britânico James Cox (1723-1800) na década de 1770 e encomendado para a coleção do Palácio de Inverno da imperatriz Catarina II, a Grande. Até chegar ao Palácio, ele sofreu algumas avarias no transporte, precisando de nove anos para sua restauração.
Em bom estado de funcionamento, o objeto fica atrás de um vidro e ostenta as figuras de um pavão, um galo e uma coruja, todos de ouro, que entram em movimento a cada hora.
Atualmente, o relógio é acionado apenas em ocasiões especiais, porém, um monitor próximo ao objeto transmite um vídeo ininterrupto do relógio em ação.
Vídeo muito interessante, pois além de mostrar com detalhes o Relógio do Pavão, faz uma justaposição entre a Suite do Bailado Quebra Nozes de Piotr Tchaikosvsky, estreada em São Petersburgo em 1892, e os ruídos das engrenagens do relógio.
Autor: Catherine Beltrão