Paul Gauguin (1848-1903), pintor pós impressionista, deixou um grande legado na pintura: ninguém pintou como ele as cores e a alma da gente nativa do Taiti, antiga colônia francesa.
Gauguin, antes de chegar ao Taiti, foi um viajante do mundo. Nascido na França, viajou até Lima/Peru com os pais na infância e voltou para a França ainda criança. Na juventude, como integrante da Marinha Mercante francesa, percorreu vários países. Em 1872, começou a trabalhar em uma casa de câmbio, até perder o emprego, dez anos depois. Neste meio tempo, casou-se com uma dinamarquesa. Após perder o emprego, passou um tempo na Dinamarca mas voltou para Paris, pois não se adapta aos costumes nórdicos.
Mas foi em meados da década de 70 que Gauguin começa a se envolver com a pintura, tendo o mestre Camille Pissarro como mentor. Participou de salões e mostras impressionistas.
Em 1886 passa três meses na Bretanha e em 1887 conhece a Martinica, seu colorido e sua alegria. De volta a Paris, Gauguin conhece Van Gogh. Em 1888, retorna a Bretanha. No mesmo ano, vai para Arles, onde passa a dividir um estúdio com Van Gogh. A convivência é bastante conflituosa e termina de modo dramático, quando Van Gogh corta a orelha e é internado em um hospital psiquiátrico. Depois da desastrosa passagem em Arles, Gauguin retorna à Paris.
Em 1889 e 1890, volta à Bretanha e, finalmente, em 1991, conhece Taiti. É lá que pinta suas obras mais significativas, cheias de luz e cor.
Em 1892, pinta a tela “Quando você vai se casar ?“. Esta obra será vendida em 2015, por US$ 300 milhões, até hoje na lista top 10 das obras mais valorizadas da história da arte.
Em 1894 realiza uma mostra na importante Galeria de Paul Durand-Ruel, em Paris. Entre as 44 pinturas expostas, apenas 11 foram vendidas.
Em 1897, Gauguin volta para o Taiti e pinta sua obra polêmica “De onde viemos? Quem somos nós? Para onde estamos indo?“. Está doente e deprimido. Tenta o suicídio.
Em 1901, vai para as Ilhas Marquesas e pinta um de seus últimos quadros, “Cavaleiros na Praia”. Morre em 1903, em Atuona, outra ilha da Polinésia Francesa.
Autor: Catherine Beltrão