Renoir e Guignard: banhistas e flores no verão de fevereiro

55 anos e um oceano separam a vinda ao mundo destes dois imensos artistas. Ambos de 25 de fevereiro, Pierre Auguste Renoir nasceu em 1841, na cidade de Limoges/França e Alberto da Veiga Guignard nasceu em 1896, em Nova Friburgo, cidade serrana do Rio de Janeiro.

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“Banhista enxugando a perna direita”, de Renoir. ost, 1910

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“Banhista arrumando seus cabelos”, de Renoir. Ost, 1893.

Renoir, um dos grandes nomes do impressionismo, nunca deixou de lado o cuidado com a forma. Desde o princípio, sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó. Embora tenha pintado naturezas mortas, flores e paisagens, foi na figura humana – sobretudo na figura feminina – que ele deixou seu maior legado. Ninguém pintou como ele as formas generosas das mulheres dos séculos XIX e XX, dando forma e fama à série “Banhistas“.

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“As grandes banhistas”, de Renoir. Ost, 1918-9.

 

Guignard_vasocomflores_1933Guignard_semtitulo_1937Guignard foi um artista completo, atuando em todos os gêneros da pintura: de naturezas mortas, paisagens e retratos até pinturas com temática religiosa e política, além de temas alegóricos. Mas foi pintando exuberantes vasos de flores é que Guignard alcançou, mais tarde, uma grande valorização em suas obras.  É dele o “Vaso de Flores“, arrematado em um leilão da Bolsa de Arte, em agosto de 2015, por R$ 5,7 milhões, tornando-se até então, a obra de arte mais valiosa de um brasileiro já vendida em um leilão.

 

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“Vaso de Flores”, de Guignard. Ost, 1933. A obra de arte mais valiosa de um pintor brasileiro já vendida em um leilão.

A tela foi pintada em 1933, sendo apresentada no 1° Salão Paulista de Belas Artes, em 1934. A obra já pertenceu a Mário de Andrade e fez parte do acervo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo.

Autor: Catherine Beltrão

 

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