Três fotos

Pouco sei sobre fotografia. Mas sei que, em qualquer lista de maiores fotógrafos do mundo, três nomes estão sempre presentes: Henri Cartier-Bresson, Robert Doisneau e Sebastião Salgado.

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Henri Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson (1908-2004) foi um fotógrafo do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo. Cartier-Bresson era filho de pais de classe média, relativamente abastada. Na Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês, foi capturado pelos nazistas e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade. Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.

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Foto: Henri Cartier-Bresson

Eis o pensamento de Bresson: “Tirar uma fotografia significa reconhecer – simultaneamente e em uma fração de segundos – o fato em si e os elementos visuais que formam seu significado. É colocar a cabeça, os olhos e o coração e alguém no mesmo eixo.”

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Robert Doisneau

Robert Doisneau (1912-1994) era um apaixonado por fotografias de rua, registrando a vida social das pessoas que viviam em Paris e em seus arredores. Também trabalhou em fotografias para publicações em revistas, assim como a famosa fotografia “O Beijo do Hotel de Ville” (Paris, 1950). Foi agraciado como Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra , recebido em 1984. Fez cerca de 450.000 fotos.

 

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“Amour et barbeles-Tuileries”, 1944. Foto: Robert Doisneau.

Assim se expressava Doisneau sobre o seu trabalho: “Fotografo para mostrar que o mundo em que gostaria de viver existe.”

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Sebastião Salgado

Sebastião Salgado (1944) é internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, “As Imagens da Amazônia” .

De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em “Êxodos” e “Retratos de Crianças do Êxodo”, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.

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Foto: Sebastião Salgado

Na introdução de Êxodos, escreveu Salgado: “Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…”.

 Autor: Catherine Beltrão

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