Mosaico é possivelmente uma palavra de origem grega. Trata-se de um aglomerado de pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais como vidro, azulejo, cerâmica, plástico, areia, papel ou conchas, formando determinado desenho. Para aderir a uma superfície, usa-se cola ou argamassa e, após a colagem das peças, aplica-se uma massa para o rejunte, que irá preencher os espaços existentes entre as peças.
A técnica do mosaico é muito antiga. O primeiro registro data de 3.500 a.C., na cidade de Ur, na região da Mesopotâmia.
No antigo Egito, havia preciosos trabalhos feitos em sarcófagos de antigas múmias; também havia mosaicos que decoravam colunas e paredes de templos. Mais tarde, Pompeia foi um viveiro de mosaicistas: desde os poderosos e os abastados até o povo em geral apreciavam esta arte. No período paleo-cristão, abre-se para o mosaico uma nova era: a arte bizantina, que é o verdadeiro triunfo das artes visuais do cristianismo. No mundo islâmico, a arte do mosaico teve importante aplicação na ornamentação de edifícios e mesquitas.
No século XIX, a arte do mosaico caiu quase em abandono. No período moderno, o mosaico, arte mural por excelência, conseguiu a metamorfose: parede-cimento-pedra-cor. Com isto, ele consegue harmonizar a arquitetura moderna.
Nos dias atuais, alguns artistas resolveram fazer releituras de obras famosas de grandes mestres como Vincent van Gogh, Pablo Picasso, Frida Kahlo, Gustav Klimt e Tarsila do Amaral, entre muitos outros. São novas formas de penetrar nas obras e transformá-las em novos contextos.
E, mais uma vez, a poesia não poderia ficar de fora. Durante um tempo, tentei achar os cacos de Cecília, Drummond, Quintana e Manoel. Estava sem sorte. Não encontrei. Na falta dos cacos mais nobres, resolvi deixar aqui os meus cacos de alma.
Cacos.
Cacos de vidro.
Coloridos.
Formatados.
Mas sem a forma
de nossa alma.
Aí são cortados,
pra seguir a forma
de nossa alma.
Cacos.
Cacos de alma.
Sem cor.
Sem forma.
Mas que vão aos poucos
tomando forma
de nosso querer.
De nosso poder.
Cacos.
Cacos de vida.
Sem o antes.
Sem o depois.
Mas com o agora
que se desvenda
através dos cacos…
de vidro.
Ou de alma.
Autor: Catherine Beltrão
Comment(1)
Paula says:
30 de novembro de 2019 at 00:47Lindo d+! ❤️❤️❤️
A Arte Releitura de “Três idades da mulher” é de tirar o folego.
Parabéns pelo post.