Pablo Picasso (1881-1973), fundador do cubismo, é uma dos maiores nomes da pintura do século XX. Mas, desde o dia 14 de setembro de 2015 até 17 de fevereiro de 2016, o Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA está expondo 140 obras do escultor Pablo Picasso, realizadas ao longo de seis décadas e distribuídas em nove galerias.
A primeira peça – “Seated Woman” – foi feita quando o artista tinha 20 anos. Pequena, com 14,5cm de altura, aos poucos suas esculturas foram ganhando corpo e expressão. Foi uma produção inconstante, caracterizada por longos espaços de tempo entre picos de trabalho árduo. A última obra – “Maquette for Richard J. Daley Center Sculpture” – data de 1964, mais de seis décadas após a primeira. É uma peça de 1,04m mas sua versão monumental, de 15m de altura e pesando 160 toneladas, é um dos cartões postais de Chicago.
Diferentemente da pintura, considerada por Picasso como seu ganha-pão, a escultura representava para o artista uma mistura de autossatisfação e experimentação artística. O próprio significado da liberdade. Na confecção das peças, variava de material a toda hora: poderia ser argila, gesso, madeira, bronze, aço, ou qualquer outro. E não havia interesse em comercializar nenhuma das peças produzidas.
Duas peças em bronze – separadas por uma década – fazem parte da exposição do MoMA: “Death’s Head“, de 1941, feita em plena Segunda Guerra Mundial e “Baboon and Young“, de 1951, em que a cabeça foi feita com um carrinho.
E as mulheres? As mulheres de Picasso não podiam ficar de fora. Assim como fez na pintura, ele também esculpiu as mulheres de sua vida, incluindo a primeira de todas, Fernande Olivier, conhecida como a primeira grande paixão do pintor. A partir dela, nasceu a obra ‘’Woman’s Head’’, em 1909.
As esculturas de Picasso no MoMA. Como diz o New York Times, “Um evento que acontece uma vez só na vida’’ .
Autor: Catherine Beltrão