Amedeo Modigliani (1884-1920), artista plástico e escultor italiano, foi principalmente figurativo, tornando-se célebre sobretudo por seus retratos femininos caracterizados por rostos e pescoços alongados, à maneira das máscaras africanas. Na infância, Amedeo sofreu de diversas doenças graves – pleurisia, tifo e tuberculose -, que comprometeram sua saúde pelo resto da vida e cujo tratamento forçava-o a constantes viagens, até sua mudança definitiva para Paris, em 1906. O grande artista morreu aos trinta e cinco anos de idade, em Paris, em condições de precariedade material e de saúde, vítima de meningite tuberculose, agravada pelo excesso de trabalho, de drogas e de álcool.
No espaço de um ano, três de suas obras avançaram vertiginosamente seus preços nos leilões da Sotheby’s e da Christie’s.
Em novembro de 2014, a belíssima escultura “Tête” foi arrematada por US$ 71 milhões na Sotheby’s.
Em 04 de novembro de 2015, foi a vez de o “Retrato de Paulette Jourdain“, da Coleção de A. Alfred Taubman, ser vendido na Sothebys, por US$ 42,8 milhões.
E agora, em 09 de novembro de 2015, a obra “Nu couché” (“Nu deitado“) foi arrematada por US$ 170,4 milhões , na Casa Christie’s, em Nova York, sendo a segunda obra mais cara vendida em leilão no mundo. Superando “Nu couché“, apenas a pintura “Mulheres de Argel“, de Pablo Picasso, que estabeleceu o recorde de maior valor já pago por uma obra de arte em leilão. A Christie’s vendeu o quadro em maio por US$ 179,4 milhões.
Até agora, foram catalogadas 337 obras de Amedeo Modigliani. Poucas obras, valores altíssimos e poucos especialistas, o que torna suas criações alvos favoritos dos falsificadores de obras de arte.
Autor: Catherine Beltrão