Isadora Duncan
Isadora Duncan (1877-1927) foi uma pioneira da dança moderna, para muitos a mais importante. Feminista, revolucionária, amante das artes, um espírito livre, independente, pensadora e poeta, Isadora foi uma das mais duradouras influências do século 20.
Desafiando radicalmente “as coisas como elas são”, possuindo a habilidade de expressar suas ideias com entusiasmo e humor e, praticamente sozinha, Isadora devolveu a dança a um lugar elevado entre as artes. Quebrando as regras, ela levou a arte da dança de volta as suas raízes de arte sagrada.
Isadora Duncan – tríptico
Isadora era inspirada pelos gregos, pelos movimentos da natureza, como o vento, plantas e animais; ela fazia da dança sua forma de expressão e foi das primeiras a romper com o padrão clássico do balé: “Eu sou inimiga do balé, o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte“.
Isadora teve uma vida envolvida em tragédias: seus três filhos, de três pais diferentes – morreram ainda crianças, os dois mais velhos afogados em um trágico acidente de carro e o terceiro, poucos dias após o parto. E ela morreu aos 50 anos, asfixiada com a echarpe que envolvia seu pescoço, quando andava de carro.
Um pouco antes de sua morte, Isadora havia publicado um livro de memórias intitulado “My life” (“Minha vida”). Algumas de suas frases se tornariam antológicas:
“Se você já foi ousada, não permita que a amansem.”
“Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira.”
“A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada e do corpo que é seu símbolo…”
“Tive três grandes mestres, os três grandes precursores da dança no nosso século: Beethoven, Nietzsche e Wagner.”
“Eu não faço mais que dançar a minha vida.”
Isadora era reverenciada por artistas, poetas e pintores como Abraham Walkowitz (1878-1965), que a pintou em diversas ocasiões. Existem milhares de desenhos de Isadora, feitos por Walkowitz.
Vídeo apresentando alguns desenhos de Isadora Duncan, feitos por Abraham Walkowitz. Duração: 2:42
Isadora foi única, seu legado é enorme, seu nome é reconhecidamente um dos mais importantes da dança de todos os tempos. Nunca haverá outra Isadora Duncan.
Isadora e eu, ambas nascemos em um 27 de maio. Ambas somos amantes das artes, espíritos livres, pensadoras e poetas. Almas que dançam juntas, só que uma entre as estrelas e outra por aqui mesmo. Por enquanto.
Autor: Catherine Beltrão