James Dean, o rebelde que causou

Não me digam que ninguém é insubstituível. Sei de três artistas que são: James Dean (1931-1955), Elvis Presley (1935-1977) e Freddie Mercury (1946-1991). Três trajetórias que transformaram a vida de milhões.

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James Dean

Mas este post tem como foco James Dean, o rebelde que causou. No último dia 30 de setembro, há sessenta anos atrás, James Dean morreu ao volante de um Porsche, dirigido em alta velocidade. Ele tinha 24 anos. Em sua curta existência, participou de sete filmes. Mas ganhou notoriedade e fama com três deles: “Vidas Amargas“, “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade.”

Vidas Amargas” (“East of Eden“) é um filme estadunidense de 1955, dirigido por Elia Kazan. O roteiro é baseado no romance “East of Eden”, do escritor laureado com o prêmio Nobel de literatura John Steinbeck.

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Vídeo do filme “Vidas Amargas”. Duração: 3:29

No Vale das Salinas, na Califórnia, na época da Primeira Guerra Mundial, Cal Trask (James Dean) disputa com o irmão Aaron (Richard Davalos), o “menino de ouro” da família, o amor de seu pai (Raymond Massey). Cal se sente solitário, e desde a infância luta pela atenção do pai, que não esconde sua preferência pelo outro filho. Só que uma surpresa muda um pouco as coisas: Cal descobre que sua mãe (Julie Harris), dada como morta há muito tempo, mora perto dele. Ele vai fazer um empréstimo com ela, que virou prostituta, para salvar a fazenda da família e ganhar a aprovação do pai.

Indicado ao Oscar de melhor ator em 1956, por sua atuação em “Vidas Amargas“, James Dean recebeu a primeira indicação póstuma da história das premiações.

Em uma das performances que mais influenciaram a história do cinema, no filme “Juventude Transviada” (“Rebel Without a Cause“) os jovens vivem uma vida confortável de classe média e não se preocupam nem com os direitos civis em uma era racista nem com os americanos que estão morrendo na Guerra da Coreia. São filhos de famílias destruídas em conflito de gerações, rebeldes sem causa.

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Vídeo do filme “Juventude Transviada”. Duração: 2:25

James Dean interpreta um jovem recém-chegado a uma cidade e cuja solidão, frustração e fúria identificam os adolescentes do pós-guerra – e ainda se mostram atuais. Natalie Wood e Sal Mineo foram indicados para o Oscar por suas interpretações bem realistas. O diretor Nicholas Ray também recebeu uma indicação ao prêmio por seu trabalho neste verdadeiro marco do cinema, escolhido como um dos 100 Maiores Filmes Norte-Americanos pelo American Film Institute.

Assim Caminha a Humanidade” (“Giant“) é um filme norte-americano de 1956, dirigido por George Stevens, que ganhou Oscar de melhor diretor. O roteiro do filme é baseado em um romance de Edna Ferber. Por este filme, James Dean recebeu sua segunda indicação ao Oscar de melhor ator no ano de 1957.

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Vídeo do filme “Assim caminha a humanidade”. Duração: 3:44

Assim Caminha a Humanidade” marca a derradeira atuação de James Dean no cinema; ele morreu antes mesmo de ver o filme concluído. O filme foi considerado pela revista Time o mais contundente legado anti intolerância racial jamais levado às telas, o retrato de uma era.

O filme conta a história de Leslie (Elizabeth Taylor), Bick (Rock Hudson) e Jett (James Dean). Bick conheceu Leslie quando foi a casa do pai dela comprar um cavalo premiado e os dois se apaixonam. Eles se casam e vão para o Texas – terra de Bick – e lá constroem sua família, no rancho Reata. Ali perto mora Jett, que de certa forma é inimigo de Bick. A cada dia que passa os dois continuam se odiando, mesmo quando Jett enriquece e se torna um magnata do petróleo. O filme aborda claramente a intolerância racial e é um épico imbatível que explora o assunto e defende o fim do racismo.

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O “Little Bastard”, carro que James Dean dirigia quando morreu

James Dean morreu dirigindo um Porsche 550 Spyder, pequeno roadster alemão apelidado como “Little Bastard”. No momento do acidente, o Porsche estava a cerca de 135 km/h. Até hoje, continuam desaparecidos quaisquer vestígios do “Little Bastard“. Para quem quiser saber um pouco mais sobre a história deste carro, clique aqui.

Fui conhecer as atuações de James Dean somente nos anos 60. Na minha adolescência. E fui mais uma entre as milhões de pessoas que o consideram único. Insubstituível.

Autor: Catherine Beltrão

Comment(1)

  1. Responder
    Rose Bicudo says:

    Sim. Imortal. Insubstituível.

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