Post nº50: vale uma retrospectiva

O primeiro post deste blog – “Arte faz bem” – foi publicado em 6 de fevereiro. De lá pra cá, já se passaram 7 meses e 49 posts. Nada mal: média de 7 por mês e um quadrado perfeito. Vejam só, até no primeiro balanço estatístico dos escritos do blog encontro relação da Arte com a Matemática…

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Primeira imagem do cabeçalho do blog, feita de zooms de parte de obras de meu pai, Ivan Blin

Nesta primeira abordagem de retrospectiva, resolvi classificar os posts em 8 grupos distintos. O primeiro, sem dúvida o de tema mais recorrente, é o que agrupa os posts sobre a artista Edith Blin (1891-1983), a “peintre d’âmes“. Sobre ela, foram publicados os posts “Os 129 retratos“, “De como o pintor andarilho fez nascer a pintora da alma“, “Edith Blin e a Resistência Francesa“, “As flores de Edith“, “As maçãs de Cezanne e a uvas de Edith” e “Os Pierrôs de Edith Blin“. Estes escritos saíram diretamente de dentro de mim, do meu coração e das lembranças de convivência que tive com esta mulher extraordinária, que me mostrou os caminhos da vida e da Arte.

O segundo grupo dos escritos é o que relaciona a Arte com a Ciência, iniciado com o legado de meu pai: “A Ciência pelo Caminho das Artes-parte I” e “A Ciência pelo Caminho das Artes-parte II“.  Mais recentemente, foram publicados os posts relacionando a matemática com a música – “Música e Matemática, amigas de longa data“, a matemática com a harmonia e a beleza – “O Homem Vitruviano e o número Phi: a matemática da beleza” e a matemática com as artes plásticas – “Escher, mais matemática na arte“. Escrevi estes posts baseada na minha característica bastante eclética, que não aceita a dicotomia entre Arte e Ciência. Como está escrito em minha apresentação no blog, sempre consegui transitar livremente  com a Matemática e a Física, gosto de ler Dostoievsky e Fernando Pessoa e me emociono com uma fuga de Bach ou uma Bachiana de Villa Lobos.

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Segunda imagem do cabeçalho do blog, um mosaico de imagens dos primeiros 3 meses de posts publicados

O grupo número três reúne os posts que fazem parte de uma série que poderia ser chamada “histórias de obras“. Neste grupo constam “Maquis, de Edith Blin“, “Retrato de Adèle Bloch-Bauer I, de Gustav Klimt“, “Eterno Campeão, de Theta Miguez“, “A Sagração da Primavera, de Luiza Caetano” e “O quarto em Arles, de Van Gogh“. Também inseri neste grupo o post “Uma obra de arte vale mais que uma vida humana?“, que foi escrito sobre o filme “Caçadores de obras-primas” ( “Monuments Men“).  Sempre achei que a história de uma obra valoriza esta obra. Quando se conhece a trajetória, o caminho percorrido por uma determinada obra desde que foi criada, aumenta sua importância no contexto histórico e mercantil.

No grupo número quatro, resolvi agrupar os posts que estão relacionados com o Museu ArtenaRede, 1º museu real a ser criado a partir de um espaço virtual. Neste grupo estão “Museu ArtenaRede: do virtual ao real“, “Luiza Caetano, simplesmente a excelência na arte naïve“, “Luiza e Fernando, DNA de almas” e o último post escrito, “Lena Gal, o feminino pleno“. A ideia do Museu é criar um espaço físico com obras doadas de artistas que catalogaram obras no site do artenarede.com.br.

O próximo grupo, o de número cinco, reúne escritos sobre exposições ou notícias internacionais, escolhidas a dedo: “Você já viu Ron Mueck no MAM-RJ?“, “Guerra e Paz, de Cândido Portinari“, “Dali visto daqui – Parte I“, “Dali visto daqui – parte II“,  “Quadros roubados de Gauguin e Bonnard estiveram 40 anos na cozinha de trabalhador da FIAT“, “Obras da brasileira Lygia Clark são expostas no MoMA, em Nova York” e “Exposição com desenhos e gravuras de Miró chegou ao Rio de Janeiro“. Neste grupo, o blog contou com a colaboração do excelente designer Eduardo Vieira para a escrita dos posts.

Uma das grandes alegrias que tenho ao escrever os posts deste blog é quando faço pesquisa sobre um determinado tema. No grupo de número seis, reuni estes escritos que envolveram bastante  pesquisa. São eles: “Recordes de obras em leilões de arte“, “As liseuses na pintura“, “Arte anamórfica, um caso de micro versus macro?“, “Arte erótica não é pornografia“, “Monet e suas ninfeias milionárias“, “Pintores do Rio“, “O cenário dos anos 40 nas artes plásticas do Brasil” e os dois textos sobre a relação de selfies e autorretratos, “Autorretratos, os selfies eternos – parte I” e “Autorretratos, os selfies eternos – parte II“, até hoje os posts que tiveram mais acesso no blog.

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Terceira imagem do cabeçalho do blog, um mosaico de imagens dos meses 4 a 7 dos posts publicados

Devido a minha grande paixão pela Música, de vez em quando escrevo textos sobre esta Arte. Eles fazem parte do grupo sete: “Magda Tagliaferro, dama eterna da arte pianística brasileira“, “Glenn Gould, um gênio” e “Liszt e o inverno de Nova Friburgo“. Neste grupo, incluí também o escrito sobre dança, “Três divas da dança“, tendo em vista que comecei a ter contato com a música através da dança.

No último grupo, o de número oito, ficaram os posts sem classificação. Seria a classificação “outros”, que podem ser considerados as entrelinhas de todos, aqueles que servem para azeitar os compartimentos estanques. São eles: “Chico Joy, o artesão que faz arte“, “Píndaro, uma tatuagem na alma“, “Primeiro contato com Inhotim“, “Wambach, o pintor andarilho“, “Guignard, filho de Nova Friburgo” e o post que escrevi logo após a morte da minha mãe, “Mãe: quando a terra vira pó“.

7 meses. 50 posts. 69 comentários. Analisando este primeiro balanço do blog ArtenaRede, pode até parecer que o acesso ao blog e, sobretudo a interação com os leitores, é bem pequena neste primeiro momento. Com certeza é. Mas a alegria em escrever os posts e a felicidade em ler os comentários – mesmo não sendo muitos, por enquanto – é tão grande que a vontade de continuar na estrada persiste. São poucas as flores colhidas, mas cada uma delas vale um jardim.

 Autor: Catherine Beltrão

Comment(1)

  1. Responder
    Eduardo Vieira says:

    Felicidade e orgulho de pertencer a um projeto tão ousado quanto erudito, e poder contribuir, ainda que minimamente, para esta trajetória que ainda está em seu inicio, mas já começa a dar seus primeiro frutos. Parabéns e obrigado, Catherine

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