Diz a História que a atual Baía de Guanabara foi descoberta pelos portugueses em 1° de janeiro de 1502 e que a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá em 1° de março de 1565. As belezas naturais do Rio sempre encantaram seus moradores e visitantes e vários deles deixaram registros dos lugares por onde passaram, o que se transformou na base da iconografia desta cidade.
Alguns anos atrás, a ArtenaRede resolveu fazer um site sobre os pintores que já tivessem desenhado ou pintado paisagens do Rio de Janeiro. Após alguns meses de pesquisa e de agrupamento de dados, nasceu o pintoresdorio.com, apresentando 64 artistas apaixonados pela Cidade Maravilhosa.
O trabalho começou por Debret, Bate e Rugendas, passando por Pancetti, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Guignard, entre vários outros expoentes da pintura brasileira, vindo até os pintores de nossos dias.
Em sua primeira fase, PINTORES DO RIO abordou os pintores já falecidos, cujas obras representam paisagens e cenas do Rio de Janeiro a partir do século XIX. Bem interessante ver o Pão de Açúcar sem o bondinho, a Lagoa Rodrigo de Freitas sem os prédios em volta e as ondas da Baía de Guanabara quase encostando no Paço Imperial…
Na etapa seguinte, os pintores ativos estiveram na berlinda, complementando a catalogação.
Foi uma verdadeira delícia percorrer os caminhos desta pesquisa. Pude conhecer a obra e a trajetória de vários pintores que desconhecia, além de aprimorar meus conhecimentos sobre a evolução das paisagens urbanas da cidade do Rio de Janeiro. Pude constatar que a verdadeira beleza dos lugares está é no coração e na alma de quem os admira.
O site www.pintoresdorio.com foi dedicado ao fantástico historiador Gilberto Ferrez (1908-2000), criador de monumental obra, sendo uma delas o catálogo analítico “Iconografia do Rio de Janeiro (1530-1890)“, editado em 2001 pela Casa Jorge Editorial. Neto de Marc Ferrez, mestre pioneiro da fotografia no Brasil, Gilberto Ferrez escreveu mais de 35 livros sobre arte, fotografia, história, arquitetura e urbanismo, base para aquela meta grandiosa que foi a construção de um detalhado inventário de iconografias cariocas.
Autor: Catherine Beltrão
Comments(3)
Maria Benedicta Guimaraes says:
9 de junho de 2014 at 02:14Delicia andar pelo passado sem o pedagio das limitações do tempo ido. Como sempre Catherine nos proporcionando momentos de extrema sensibilidade e reflexão!
Catherine Beltrão says:
9 de junho de 2014 at 23:22Querida Bené, que coisa mais linda esse “pedágio das limitações do tempo ido”! E que bom que consigo tocar o coração e a mente de pessoas como você. O propósito do blog é este mesmo: através dos textos dos posts, garimpar as almas que ainda acreditam no belo e que queiram participar de uma ciranda no espaço dos comentários…
Maria Benedicta Guimaraes says:
13 de junho de 2014 at 13:10O sentimento flui e não atuamos na censura dos scripts impostos… Aqui somos o que somos, com a espontaneidade do sentir.
Beijos!!!